sábado, 30 de julho de 2011
«...todo o universo exterior, visível, com todos os seres, é uma definição ou uma imagem do mundo interior, espiritual; tudo o que é interior (e a sua maneira de agir) possui o mesmo carácter no exterior. Do mesmo modo que o espírito de toda a criatura representa e revela com o seu corpo a sua constituição nativa íntima, do mesmo modo o seu ser eterno...
Assim, tudo o que nasce no interior possui o seu sinal. A configuração superior, assim como é superior em força no espírito da acção, também imprime muito profundamente a sua marca no corpo; as outras configurações ligam-se-lhe, como se vê em todas as criaturas vivas pela configuração do corpo, dos costumes e dos gestos; do mesmo modo nas ressonâncias, nas vozes e nas línguas, assim como nas ervas e nas árvores, nas pedras e nos metais. Tal é a luta que dirige o poder do espírito, tal é a configuração do corpo e do mesmo modo da sua vontade, enquanto ferve a seiva na vida espiritual.»
Jacob Boehme
in "De Signatura Rerum"
sexta-feira, 29 de julho de 2011
«A Doutrina Secreta ensina a identidade fundamental de todas as Almas com a Alma Suprema Universal, sendo esta um aspecto da Raiz Desconhecida. Ensina também a peregrinação obrigatória para todas as Almas - centelhas daquela Alma Suprema - através do Ciclo de Reencarnações, durante todo esse período, de acordo com a Lei Cíclica e Kármica.»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
quinta-feira, 28 de julho de 2011
«A Alquimia, através das suas duas vias, a Lunar e a Solar, ajuda-nos a subir a escada que conduz à grande porta do Templo.
A via Lunar, a da Grande Mãe, permite-nos aproveitar o que a Natureza põe à nossa disposição para, através de um trabalho constante sobre a Terra, a Água, o Fogo e o Ar, conseguirmos atingir o equilíbrio do Sal, do Enxofre e do Mercúrio, percorrermos o Bom Caminho de maneira consciente e vencermos o Bom Combate com justeza e perfeição. Esta via ajuda-nos a manter o nosso corpo equilibrado e a nossa mente desperta e a fazer o trabalho que nos dá uma percepção consciente da Luz.»
José Medeiros
A via Lunar, a da Grande Mãe, permite-nos aproveitar o que a Natureza põe à nossa disposição para, através de um trabalho constante sobre a Terra, a Água, o Fogo e o Ar, conseguirmos atingir o equilíbrio do Sal, do Enxofre e do Mercúrio, percorrermos o Bom Caminho de maneira consciente e vencermos o Bom Combate com justeza e perfeição. Esta via ajuda-nos a manter o nosso corpo equilibrado e a nossa mente desperta e a fazer o trabalho que nos dá uma percepção consciente da Luz.»
José Medeiros
Empédocles de Agrigento
«Na medida em que jamais a mudança cessa
o seu perpétuo devir,
tudo existe perpetuamente, imutável no ciclo
do tempo...
Tão depressa um deles cresce, arremessando-se
sozinho para fora do múltiplo a fim de atingir o seu ser;
sob a forma do fogo, da água, da terra e do ar,
o ódio, força exterior, destruidora, mantém em
equilíbrio cada elemento separado, igual em acção
a cada um deles;
o amor, força interior, reúne os elementos numa
massa única....
Os elementos são eternamente idênticos a si mesmos,
eles não fazem mais que permutar aparentes
metamorfoses, saltando uns através dos outros,
eternamente semelhantes no seu ser.»
Empédocles de Agrigento
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Karma - H. P. Blavatsky
«Os que crêem no Karma não podem deixar de crer no Destino que cada homem, do berço ao túmulo, tece ao redor de si mesmo, fio por fio, como a aranha à sua teia. Esse Destino é dirigido, ou pela voz celeste do invisível Protótipo exterior a nós, ou pelo nosso mais íntimo astral, ou homem interior, que mui frequentemente é o génio do mal da entidade encarnada, chamada homem. Ambos influenciam o homem exterior, mas um deles tem que prevalecer; e desde o princípio desse conflito invisível, a austera e implacável Lei da Compensação intervém e segue o seu curso acompanhando lance por lance as flutuações da luta. Quando o último fio acabou de ser tecido, e o homem se deixou enredar na malha de seus próprios actos, ele se vê sob o império absoluto desse Destino, que ele próprio elaborou. Este então o imobiliza qual concha inerte presa ao rochedo, ou o arrasta, como uma pena, no torvelinho levantado por suas próprias mãos. E isto é o Karma.»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Teurgia - Jâmblico
«A Teurgia é a realização religiosa de acções inefáveis das quais os efeitos ultrapassam toda a intelecção, assim como o poder dos símbolos mudos, entendidos pelos Deuses apenas, que operam a união teurgica. É por isso que não é o nosso pensamento que opera estes actos; porque então a sua eficácia seria intelectual e dependeria de nós; ora nem um nem o outro é verdadeiro. Sem que nós pensemos, com efeito os próprios sinais, por eles mesmos, operam a sua obra própria e o inefável poder dos Deuses que estes sinais concentram; [...] sem ter necessidade de ser despertado pela actividade do nosso pensamento, com efeito, não está na ordem que o recipendiário seja posto em movimento pelo conteúdo, o perfeito pelo imperfeito, o todo pelas partes. Os nossos pensamentos não provocam pois, evitando-as, as causas divinas de se exercerem; mas elas devem, com todas as disposições excelentes da alma, com a nossa pureza, preexistir como causas auxiliares; o que acorda propriamente o querer divino, esses são os próprios signos; e assim o divino é determinado pelo divino e não recebe de nenhum dos seres inferiores um qualquer princípio da sua própria acção.»
Jâmblico
in "Os Mistérios do Egipto"
«[A Teurgia trata] de se preocupar com a purificação da alma (Katharsis) de sua emancipação ou libertação (Apolusis) e da sua saúde (Soteria). [...] Estes são assuntos que são todos proveitosos à alma [...] É necessário pois dominar a natureza enganadora e demoníaca para se elevar em direcção à que é inteligível e divina.»
Jâmblico
in "Os Mistérios do Egipto"
Jâmblico
in "Os Mistérios do Egipto"
«A Magia Divina aparece no momento em que o iniciado toma consciência do seu papel activo na criação. Como Platão dizia, ele começa-se a lembrar dum mundo celeste ao qual a sua alma pertence e que ela deseja reencontrar. Esta busca da Beleza, esta procura do Um, vai ser empreendida pelo uso conjunto dos Ritos e da Virtude. A Magia torna-se Teurgia a partir do momento em que o iniciado, consciente das suas responsabilidades e dos seus poderes nascentes, realiza a fusão entre o interior e o exterior. Os ritos tornam-se então uma simples ferramenta, ajudando a subir os degraus em direcção ao Absoluto.»
Jean-Louis de Biasi
Jean-Louis de Biasi
domingo, 24 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
«O pensamento é uma energia que afecta a matéria de várias maneiras, mas a consciência em si, como a entende e explica a Filosofia oculta, é a mais elevada qualidade do princípio senciente espiritual em nós, a Alma Divina (ou Buddhi) e o nosso Ego Superior - e não pertence ao plano da materialidade.»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
terça-feira, 19 de julho de 2011
«A amizade é a União da vontade e dos desejos. Os irmãos académicos devem ter o mesmo objectivo: ora se este objectivo é a riqueza, as honras e a ciência pura, não pode existir amizade, porque estes objectivos provocam ao contrário o ciúme, a vaidade, a inveja e o ódio. A amizade verdadeira não é possível, senão entre irmãos que procuram juntos o bem.»
Marsilius Ficinus
in Opera Omnia
segunda-feira, 18 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
«Há uma lei fundamental do Ocultismo que diz não haver repouso ou cessação de movimento na Natureza. Aquilo que parece repouso é apenas a mudança de uma forma para outra; a mudança de substância anda de mãos dadas com a da forma - conforme nos ensina a Física oculta.»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
«A ideia que um homem tem de Deus é aquela imagem de luz ofuscante que vê reflectida no espelho côncavo de sua própria alma, e contudo isso não é Deus, mas apenas o Seu reflexo. A Sua glória está ali, porém é a luz de seu próprio Espírito que ele vê; é tudo o que ele pode comportar. Quanto mais claro o espelho, tanto mais brilhante será a divina imagem.»
H. P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
H. P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
terça-feira, 12 de julho de 2011
«Deus é fogo que irradia puríssima Luz. Esta Luz é vida. As gradações entre a Luz e as Trevas estão para além da compreensão humana. Quanto mais nos aproximamos do centro da Luz tanto maior é a energia que recebemos e tanto mais poder e actividade resultam. É destino do homem elevar-se até ao centro espiritual da Luz. O homem primordial era filho da Luz. Permanecia em estado de perfeição espiritual bem mais elevada do que no presente; dela desceu a um estado mais material, tomando uma forma corpórea e rude. Para volver à sua primeira condição tem de percorrer o caminho por onde desceu.»
Karl von Eckartshausen
in "A Doutrina Secreta dos Rosacruzes"
segunda-feira, 11 de julho de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
sexta-feira, 8 de julho de 2011
«Assim como, há oito ou nove mil anos, a corrente de conhecimentos havia fluído lentamente dos planaltos da Ásia Central para a Índia, Europa e Norte de África, também pelos anos 500 a.C. começou a refluir a corrente para o manancial da sua origem. Durante os dois mil anos seguintes, ficou quase completamente extinto na Europa o conhecimento da existência de grandes Adeptos. Não obstante, em alguns lugares secretos se celebravam os mistérios em toda a sua primitiva pureza. O "Sol de Justiça" fulgurava ainda no céu da meia-noite, e enquanto as trevas pairavam sobre o mundo profano, a eterna luz do Adyta iluminava as noites da Iniciação.»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
quinta-feira, 7 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
«O anjo é sabedoria, o coração do ser humano é o amor; o anjo é o recipiente da luz divina, o coração do ser humano é o seu órgão e o seu modificador. Um não pode viver sem o outro e eles só podem estar unidos em nome do Senhor, que é ao mesmo tempo o amor e a sabedoria e que os liga por isto em sua unidade.»
Louis-Claude de Saint-Martin
terça-feira, 5 de julho de 2011
«[...] eu estava caminhando por uma pequena estrada, atravessava um terreno ondulado; o sol brilhava e tinha diante dos meus olhos, por toda a minha volta, um vasto panorama. Depois cheguei perto de uma capelinha, à margem do caminho. A porta estava entreaberta e eu entrei. Para minha grande surpresa, não havia ali nem estátua da Virgem Maria nem crucifixo sobre o altar, mas simplesmente um arranjo floral magnífico. Diante do altar, no chão, voltado para mim, vi um iogue em posição de lótus, profundamente interiorizado. Observando mais de perto, vi que ele tinha o meu rosto. Fiquei chocado e com medo e acordei a pensar: "Fogo! Aí está alguém que medita sobre mim. Ele tem um sonho e esse sonho sou eu". Sabia que quando ele acordasse, eu não existiria mais. Tive este sonho após a minha doença em 1944. Trata-se de uma parábola: o meu Eu entra em meditação, por assim dizer, como um iogue e medita na minha forma terrena. Poder-se-ia também dizer: o Si-mesmo toma a forma humana para vir para a existência tridimensional, como qualquer pessoa veste uma roupa de mergulho para se atirar no mar. O Si-mesmo, renunciando à existência do outro lado assume uma atitude religiosa, como indica também a capela na imagem do sonho; na sua forma terrena, ele pode experimentar o mundo tridimensional e, por uma consciência ampliada, avançar na direcção da sua realização [...] da perspectiva do "outro lado que existe em nós", a nossa existência inconsciente é a existência real, e o nosso mundo consciente é uma espécie de ilusão ou uma realidade aparente fabricada com vistas a um determinado fim, semelhante a um sonho que também parece ser a realidade enquanto estamos mergulhados nele.»
Carl Gustav Jung
in "Ma vie - Souvenirs, rêves et pensées"
"Diz-se que a Terra nunca está sem trezentos eleitos. Aquele que assim diz talvez faça um acrescentamento, mas eu não tenho conhecimento de um tal acréscimo. Os melhores deles são quarenta, os melhores dos quarenta sete, dos sete três e dos três, um... Quando este morre, o seu lugar é tomado por um dos três, quando mor...re um dos três, um dos sete toma o seu lugar, quando morre um dos sete, um dos quarenta toma o seu lugar, quando morre um dos quarenta, o seu lugar é tomado por alguém que pertence ao grupo com o maior número, quando este morre, o seu lugar é tomado por uma massa dos fiéis. Diz-se que entre eles, existe um cujo coração corresponde aos corações dos profetas, e existem aqueles cujos corações se parecem com os corações dos profetas, e aqueles cujos corações se parecem com os corações dos anjos..."
Ibn Barrajân
"Os Poderes Ocultos no Homem" - Louis Claude de Saint-Martin
Somente ao fazer uso daqueles poderes ocultos tanto na existência corporal do homem como em todas as criaturas na natureza; é que o homem, sendo um extracto do divino, do espiritual, e das regiões naturais, fará com que as sete formas ou poderes, que são as bases de todas as coisas, comecem a agir nele, embora de diferentes formas e níveis, de acordo com sua existência natural, espiritual e divina ou divinizada.
Mas, para agirem em alguma das ordens constituintes do homem, estes poderes devem ser restaurados nele, em toda a sua liberdade original.
Ora, quando o homem olha para si mesmo, sob este aspecto, quando ele leva em consideração a que estado de desordem, desarmonia, debilidade e dependência, a que estes poderes estão reduzidos, em todo o seu ser, a aflição, a vergonha e a tristeza toma conta deste homem, a tal ponto, que todo o seu ser lamenta, e todas as suas essências transformam-se em torrentes de lágrimas.
Nesta enchente de lágrimas, representada, materialmente, pelas chuvas terrestres, o Sol da Vida irradia seus raios vivificantes, e, através da união de Seus poderes, com os germes do nosso próprio poder, manifestam ao nosso ser interior, o sinal do pacto que Ele vem fazer connosco.
Então, Oh Homem, tu és capaz de sentir as dores da Terra, e aquelas de tudo o que compõe o universo; então, por virtude da enorme diferença que há entre o débil estado dos sete poderes, ocultos na terra, e os próprios poderes restaurados do homem, este pode aliviar o sofrimento da terra, porque o homem poderá fazer para ela, o que acabou de ser feito por ele. Em resumo, somente quando o homem apreciar o seu próprio sabat, ou seu próprio repouso, é que poderá ajudar a terra a guardar, por sua vez, o seu sabat.
Só assim, o homem se tornará realmente mestre da Natureza, e será capaz de ajudá-la a manifestar os tesouros encerrados em seu seio, e todos aquelas prodigiosas e maravilhosas obras, com as quais as mitologias e tradições, sagradas e profanas, estão repletas, algumas das quais são atribuídas a Deuses imaginários, mas outras, aos verdadeiros direitos do Homem, quando restaurado em suas faculdades pelo princípio que lhe deu existência.
Desta forma, o homem pode, de certo modo, subjugar os elementos ao seu critério, dispor, à vontade, das propriedades da Natureza, e reter com seus limites, todos os poderes que as compõem, para que possam agir com harmonia.
A acção das propriedades no seu estado de desordem e desarmonia, gera a produção daquelas monstruosidades encontradas nos diferentes reinos da Natureza; assim como aquelas imagens de bestas, e vozes de animais que são vistas e ouvidas, algumas vezes, nas tormentas e tempestades, e que são, a final, necessariamente atribuíveis à aparições ou intervenção dos Espíritos, como está apta a fazer a crença popular.
Mas, se por um lado, a superstição exagera neste ponto; a ignorância e a precipitação filosófica, por outro lado, condenam este tipo de fato muito desdenhosamente. Quando os poderes da natureza estão em harmonia, eles controlam uns aos outros. Em tempo de tempestades, a moderação destes poderes é quebrado; e como eles produzem em si próprios os germes e princípios de todas as formas, especialmente o Som ou Mercúrio, não é de se surpreender, que alguns deles, reagindo mais do que os outros, manifestem, aos nossos olhos, imagens definidas, castelos no ar, e aos nossos ouvidos, vozes de animais.
Tampouco é de se surpreender, que estas vozes e figuras tenham existência tão efémera; elas não podem ter nem vida, nem as qualidades substanciais que resultam da união harmoniosa de todos os poderes generativos.
É claro que eu, de modo algum, excluo a geral colaboração de um Poder Superior, que pode e frequentemente agrega sua acção àquelas dos poderes da natureza, de acordo com os projectos de sua Sabedoria. No entanto, se este Poder Superior pode intervir nas grandes cenas, das quais o Espaço é o teatro, e nós as testemunhas, não deixa de ser verdade que os poderes elementares estão geralmente sob suas próprias leis neste mundo, e, estando sempre prontos a entrar em acção, de acordo com a reação que recebem, eles são suscetíveis a qualquer figura, som, ou outro sinal, análogas a esta reação.
Também é verdade, que, quando o Supremo, age com os poderes elementares, Ele então toma o Homem, mais particularmente, para o Seu objetivo, tanto para estimulá-lo e instruí-lo, se for culpado, como para empregá-lo como mediador, se for um dos trabalhadores do Senhor; pois o Ministério Espiritual do Homem restaurado, estende-se a todos os fenómenos que possa ser manifestado na Natureza.
Como poderia ser de outra forma? Como poderia o Ministério do Homem Espírito, erigido para uma nova vida, não se estender sobre todos os fenômenos possíveis na Natureza, uma vez que nossa regeneração consiste na restauração de nosso ser aos nossos direitos primordiais, e os direitos Primordiais do Homem o chamaram para ser o Agente intermediário e representante da Divindade no Universo.
Louis Claude de Saint-Martin
segunda-feira, 4 de julho de 2011
«Que é a beleza senão a impressão do espírito sobre a matéria? Tem o corpo da Vénus de Milo necessidade de ser carne para encantar os nossos olhos e exaltar o nosso pensamento? A beleza da mulher é o hino da maternidade; a forma agradável e delicada do seu seio nos lembra continuamente a primeira sede dos nossos lábios; quereríamos poder retribuir-lhe em eternos beijos o que nos deu em suaves efusões. Será, então, pela carne que estamos apaixonados?»
Eliphas Levi
in "Grande Arcano"
"O Poder que Cria e Transforma" - Eliphas Levi
«A vontade é essencialmente realizadora, e podemos tudo o que cremos razoavelmente poder.
Na sua esfera de acção, o homem dispõe da omnipotência de Deus; pode criar e transformar.
Este poder deve exercê-lo primeiramente sobre si mesmo. Quando vem ao mundo, suas faculdades são um caos, as trevas da inteligência cobrem o abismo do seu coração, e seu espírito é balanceado sobre a incerteza como se fosse levado sobre as ondas.
A razão então lhe é dada, porém esta razão ainda é passiva, pertencendo a ele torná-la activa; pertence a ele irradiar sua fronte no meio das ondas e exclamar: FIAT LUX!
Torna-se uma razão; torna-se uma consciência; faz-se coração. A lei divina será para ele tal como ele a tiver feito e a natureza inteira para ele se tornará o que quiser.
A eternidade entrará e permanecerá na sua memória. Dirá ao espírito: sê matéria, e à matéria: sê espírito, e o espírito e a matéria lhe obedecerão!
Toda substância se modifica pela acção, toda acção é dirigida pelo espírito, todo espírito se dirige conforme uma vontade e toda vontade é determinada por uma razão.
A realidade das coisas está na sua razão de ser. Esta razão das coisas é o princípio do que é.
[...]
A matéria é auxiliar do espírito; sem o espírito, ela não teria razão de ser e não existiria.
A matéria transforma-se em espírito por intermédio dos nossos sentidos, e esta transformação, sensível somente para as almas, é o que chamamos prazer.
O prazer é o sentimento de uma acção divina. Alimentar-se é criar a vida e transformar, do modo mais maravilhoso, as substâncias mortas em substâncias vivas.
[...]
Só existe verdadeiro prazer, verdadeira beleza, verdadeiro amor, para os sábios, que são verdadeiramente criadores da sua própria felicidade. Eles se abstêm para aprender a bem usar, e quando se privam é para adquirir uma felicidade.
[...]
O orgulho provoca o desprezo, a modéstia atrai o louvor, a libertinagem mata o prazer, a temperança purifica e renova os gozos.
[...]
Quereis atrair, fazei o vácuo. Isto se realiza em virtude de uma lei física análoga a uma lei moral. As águas são filhas das nuvens e dos montes e procuram sempre os vales. Os verdadeiros gozos vêm de cima, já o dissemos: é o desejo que os atrai e o desejo é um abismo.
O nada atrai o todo e é por isso que os entes mais indignos de amor são, às vezes, os mais amados. A plenitude procura o vácuo e o vácuo suga a plenitude. [...]»
Eliphas Levi
in "Grande Arcano"
Na sua esfera de acção, o homem dispõe da omnipotência de Deus; pode criar e transformar.
Este poder deve exercê-lo primeiramente sobre si mesmo. Quando vem ao mundo, suas faculdades são um caos, as trevas da inteligência cobrem o abismo do seu coração, e seu espírito é balanceado sobre a incerteza como se fosse levado sobre as ondas.
A razão então lhe é dada, porém esta razão ainda é passiva, pertencendo a ele torná-la activa; pertence a ele irradiar sua fronte no meio das ondas e exclamar: FIAT LUX!
Torna-se uma razão; torna-se uma consciência; faz-se coração. A lei divina será para ele tal como ele a tiver feito e a natureza inteira para ele se tornará o que quiser.
A eternidade entrará e permanecerá na sua memória. Dirá ao espírito: sê matéria, e à matéria: sê espírito, e o espírito e a matéria lhe obedecerão!
Toda substância se modifica pela acção, toda acção é dirigida pelo espírito, todo espírito se dirige conforme uma vontade e toda vontade é determinada por uma razão.
A realidade das coisas está na sua razão de ser. Esta razão das coisas é o princípio do que é.
[...]
A matéria é auxiliar do espírito; sem o espírito, ela não teria razão de ser e não existiria.
A matéria transforma-se em espírito por intermédio dos nossos sentidos, e esta transformação, sensível somente para as almas, é o que chamamos prazer.
O prazer é o sentimento de uma acção divina. Alimentar-se é criar a vida e transformar, do modo mais maravilhoso, as substâncias mortas em substâncias vivas.
[...]
Só existe verdadeiro prazer, verdadeira beleza, verdadeiro amor, para os sábios, que são verdadeiramente criadores da sua própria felicidade. Eles se abstêm para aprender a bem usar, e quando se privam é para adquirir uma felicidade.
[...]
O orgulho provoca o desprezo, a modéstia atrai o louvor, a libertinagem mata o prazer, a temperança purifica e renova os gozos.
[...]
Quereis atrair, fazei o vácuo. Isto se realiza em virtude de uma lei física análoga a uma lei moral. As águas são filhas das nuvens e dos montes e procuram sempre os vales. Os verdadeiros gozos vêm de cima, já o dissemos: é o desejo que os atrai e o desejo é um abismo.
O nada atrai o todo e é por isso que os entes mais indignos de amor são, às vezes, os mais amados. A plenitude procura o vácuo e o vácuo suga a plenitude. [...]»
Eliphas Levi
in "Grande Arcano"
domingo, 3 de julho de 2011
"Equilíbrio" - Eliphas Levi
«O equilíbrio que é preciso procurar não é o que produz a imobilidade, mas o que realiza o movimento. Pois a imobilidade é a morte e o movimento é a vida.
Este equilíbrio motor é o da própria natureza. A natureza, equilibrando as forças fatais, produz o mal físico ou mesmo a destruição aparente para o homem mal equilibrado. O homem liberta-se dos males da natureza, sabendo subtrair-se, por um emprego inteligente da sua liberdade, à fatalidade das forças. Empregamos aqui a palavra fatalidade, porque as forças imprevistas e incompreendidas pelo homem mal equilibrado lhe parecem necessariamente fatais.
A natureza proveu à conversação dos animais dotados de instinto, porém dispôs tudo para que o homem imprevidente pereça.
Os animais vivem, por assim dizer, por si mesmos e sem esforços. Só o homem deve aprender a viver. Ora, a ciência da vida é a ciência do equilíbrio moral.
Conciliar o saber e a religião, a razão e o sentimento, a energia e a brandura, eis o fundo deste equilíbrio.»
Eliphas Levi
in "Grande Arcano"
Este equilíbrio motor é o da própria natureza. A natureza, equilibrando as forças fatais, produz o mal físico ou mesmo a destruição aparente para o homem mal equilibrado. O homem liberta-se dos males da natureza, sabendo subtrair-se, por um emprego inteligente da sua liberdade, à fatalidade das forças. Empregamos aqui a palavra fatalidade, porque as forças imprevistas e incompreendidas pelo homem mal equilibrado lhe parecem necessariamente fatais.
A natureza proveu à conversação dos animais dotados de instinto, porém dispôs tudo para que o homem imprevidente pereça.
Os animais vivem, por assim dizer, por si mesmos e sem esforços. Só o homem deve aprender a viver. Ora, a ciência da vida é a ciência do equilíbrio moral.
Conciliar o saber e a religião, a razão e o sentimento, a energia e a brandura, eis o fundo deste equilíbrio.»
Eliphas Levi
in "Grande Arcano"
«O único decreto do Karma - decreto eterno e imutável - é a Harmonia completa no Mundo da Matéria, como o é no Mundo do Espírito. Portanto, não é o Karma que nos pune ou recompensa, porém somos nós mesmos que nos recompensamos ou punimos, segundo trabalhemos com a Natureza, pela Natureza e de acordo com a Natureza, obedecendo ou transgredindo às leis, de que depende essa Harmonia.»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
sábado, 2 de julho de 2011
«É a natureza que preside o nosso nascimento, que nos dá um pai, uma mãe, irmãos, irmãs, relações de parentesco, uma posição sobre a Terra, um estado na sociedade; tudo isto não depende de nós, e, para o vulgo, é obra do acaso. Para o filósofo pitagórico, porém, são as consequências de uma ordem anterior, severa, irresistível denominada fortuna ou necessidade.
Pitágoras punha a esta natureza condicional uma natureza livre que, agindo sobre as coisas forçadas como sobre uma matéria bruta, as modifica, tirando delas, livremente, resultados bons ou maus. Esta segunda natureza,, denominada potência ou vontade, regula a vida do homem e dirige sua conduta conforme os elementos que a primeira lhe fornece.
A necessidade e a potência, eis, segundo Pitágoras, os dois móveis opostos do mundo sublunar para onde o homem é relegado, e ambos tiram sua força de uma causa superior que os antigos chamavam Nêmesis, o decreto fundamental, e que nós chamamos Providência.»
Antoine Fabre d´Olivet
in "Versos Áureos"
Pitágoras punha a esta natureza condicional uma natureza livre que, agindo sobre as coisas forçadas como sobre uma matéria bruta, as modifica, tirando delas, livremente, resultados bons ou maus. Esta segunda natureza,, denominada potência ou vontade, regula a vida do homem e dirige sua conduta conforme os elementos que a primeira lhe fornece.
A necessidade e a potência, eis, segundo Pitágoras, os dois móveis opostos do mundo sublunar para onde o homem é relegado, e ambos tiram sua força de uma causa superior que os antigos chamavam Nêmesis, o decreto fundamental, e que nós chamamos Providência.»
Antoine Fabre d´Olivet
in "Versos Áureos"
sexta-feira, 1 de julho de 2011
"A Unidade" - Papus
«O Universo concebido como um todo animado, é composto de três princípios: a Natureza, o Homem e Deus, ou, empregando a linguagem dos hermetistas: O Macrocosmo, o Microcosmo e o Arquétipo.
O homem é chamado de microcosmo, ou pequeno mundo, porque ele contém analogicamente em si as leis que regem o universo.
A natureza forma o ponto de apoio e o centro de manifestação geral dos outros princípios.
O homem influindo sobre a natureza pela acção, sobre os outros homens pela palavra e elevando-se até Deus pela prece e pelo êxtase, constitui o elo que une a criação ao Criador.
Deus, envolvendo na sua acção providencial as regiões onde se desenvolvem livremente os outros princípios, domina o universo, cujas partes reúne na unidade de direcção e acção.
Deus manifesta-se no universo pela acção da Providência que ilumina o caminho do homem, sem que, dinamicamente, possa opor-se ao efeito das duas outras forças primordiais.
O Homem manifesta-se no universo pela acção da vontade que lhe permite lutar contra o Destino e fazer deste o instrumento de suas concepções. Na aplicação de suas volições ao mundo exterior, o homem tem toda a liberdade de fazer apelo às luzes da Providência ou de desprezar-lhe a acção.
A natureza manifesta-se no universo pela acção do Destino, que perpetua de uma maneira imutável e em uma ordem estritamente determinada, os tipos fundamentais que constituem a sua base de acção.
Os factos são do domínio da natureza, as leis, do domínio do homem, e os princípios, do domínio de Deus.
Deus não criou nunca senão em princípio. A natureza desenvolve os princípios criados para constituir os factos, e o homem, estabelecendo, pelo emprego que faz sua vontade das faculdades que ele possui, as relações que unem os factos aos princípios, transforma e aperfeiçoa estes factos pela criação das leis.
Mas um facto, por muito simples que seja, é sempre a tradução pela natureza de um princípio emanado de Deus, e o homem pode sempre restabelecer o elo que prende o facto visível ao princípio invisível, e isto pela enunciação de uma lei.»
Papus
in "Tratado Elementar de Magia Prática"
O homem é chamado de microcosmo, ou pequeno mundo, porque ele contém analogicamente em si as leis que regem o universo.
A natureza forma o ponto de apoio e o centro de manifestação geral dos outros princípios.
O homem influindo sobre a natureza pela acção, sobre os outros homens pela palavra e elevando-se até Deus pela prece e pelo êxtase, constitui o elo que une a criação ao Criador.
Deus, envolvendo na sua acção providencial as regiões onde se desenvolvem livremente os outros princípios, domina o universo, cujas partes reúne na unidade de direcção e acção.
Deus manifesta-se no universo pela acção da Providência que ilumina o caminho do homem, sem que, dinamicamente, possa opor-se ao efeito das duas outras forças primordiais.
O Homem manifesta-se no universo pela acção da vontade que lhe permite lutar contra o Destino e fazer deste o instrumento de suas concepções. Na aplicação de suas volições ao mundo exterior, o homem tem toda a liberdade de fazer apelo às luzes da Providência ou de desprezar-lhe a acção.
A natureza manifesta-se no universo pela acção do Destino, que perpetua de uma maneira imutável e em uma ordem estritamente determinada, os tipos fundamentais que constituem a sua base de acção.
Os factos são do domínio da natureza, as leis, do domínio do homem, e os princípios, do domínio de Deus.
Deus não criou nunca senão em princípio. A natureza desenvolve os princípios criados para constituir os factos, e o homem, estabelecendo, pelo emprego que faz sua vontade das faculdades que ele possui, as relações que unem os factos aos princípios, transforma e aperfeiçoa estes factos pela criação das leis.
Mas um facto, por muito simples que seja, é sempre a tradução pela natureza de um princípio emanado de Deus, e o homem pode sempre restabelecer o elo que prende o facto visível ao princípio invisível, e isto pela enunciação de uma lei.»
Papus
in "Tratado Elementar de Magia Prática"
«A Magia, considera como uma ciência de aplicação, limita quase unicamente a sua acção ao desenvolvimento das relações que existem entre o homem e a natureza.
O estudo das relações que existem entre o homem e o plano superior ou divino, em todas as suas modalidades, pertence muito mais à Teurgia que à Magia. [...]»
Papus
in "Tratado Elementar de Magia Prática"
O estudo das relações que existem entre o homem e o plano superior ou divino, em todas as suas modalidades, pertence muito mais à Teurgia que à Magia. [...]»
Papus
in "Tratado Elementar de Magia Prática"
«A doutrina da Metempsicose tem sido abundantemente ridicularizada pelos homens de ciência e rejeitada pelos teólogos; contudo, se ela tivesse sido convenientemente compreendida em sua aplicação à indestrutibilidade e à imortalidade do espírito, ter-se-ia percebido que ela é uma concepção sublime.»
H. P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
H. P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
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