quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Autoconhecimento - H.P. Blavatsky



A primeira necessidade para obter-se conhecimento é tornar-se profundamente consciente da ignorância; sentir com cada fibra do coração que se é incessantemente auto-iludido.
O segundo requisito é a convicção ainda mais profunda de que tal conhecimento — tal conhecimento intuitivo e certo — pode ser obtido com esforço.
O terceiro e mais importante é uma indomável determinação de obter e confrontar este conhecimento.
Este autoconhecimento não é obtido pelo que o homem usualmente chama de "auto-análise". Não é alcançado pelo raciocínio ou qualquer processo mental; pois é o despertar para a consciência da natureza Divina do homem.
Obter tal conhecimento é um feito maior do que dominar os elementos ou conhecer o futuro.
 


Fonte: Collected Writings, H. P. Blavatsky, TPH, Índia, 1990, volume VIII, p. 108

quarta-feira, 17 de novembro de 2010



“Que os homens considerem quais são os verdadeiros fins do conhecimento
e que não o procurem nem pelo prazer da mente, nem pelo contentamento,
nem pela conquista de superioridade em face de outros, nem por proveito,
fama, poder ou qualquer outra dessas coisas inferiores, mas, para benefício
e uso da vida. E que o aperfeiçoem e o dirijam com caridade.”



Sir Francis Bacon

terça-feira, 16 de novembro de 2010



"Não escrevo com outro objectivo senão que o homem aprenda a conhecer a si mesmo".

Jacob Boehme

sexta-feira, 12 de novembro de 2010



Aquele que souber vencer os terrores da morte
tem direito a ser iniciado nos maiores Mistérios.

Grau de Iniciação de um Cavaleiro



"(...) em Portugal, os templários não foram destruídos; foi-lhes simplesmente pedido que mudassem de nome, tendo sido assim que se passaram a chamar Ordem de Cristo, consentindo em adoptar uma cruz branca para mostrarem que se tinham redimido dos seus erros. Esta Ordem de Cristo representa assim, sem qualquer corte, a transmissão regular da Ordem do Templo."

Papus

sábado, 6 de novembro de 2010



Tudo é útil na Vida Iniciática: a teoria e a prática, a leitura e a experiência, a discussão e o recolhimento, porém, quando há desequilíbrio, teoria explicativa demais e pouca prática, leitura demais e pouca experiência, discussões demais e pouco recolhimento, o esforço torna-se vão.

Raymond Bernard

quarta-feira, 3 de novembro de 2010



"O verdadeiro conhecimento baseia-se em tolerância verdadeira.
da tolerância verdadeira vem a compreensão plena, e a verdadeira compreensão dá nascimento à paz que ilumina e purifica."

Nicholas Roerich

Orígenes



"Que mal existe em ser culto, em amar os belos conhecimentos, em ser sábio e ser tido como tal? Qual o obstáculo que há nisso com relação ao conhecimento de Deus? Não são antes adjutórios para atingir a verdade?"

Orígenes in Contra Celsum

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Autognose - Álvaro Ribeiro

"Gnôthi séauton, nosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo.
Este preceito helénico, insculpido no frontão do templo de Apolo, em Delfos, foi referido por Sócrates aos seus discípulos atenienses como princípio da arte de filosofar. Tal é, pelo menos, a versão que nos foi transmitida por Cícero no livro intitulado Tusculanas, com origem segura em antiga tradição.

(...)

Conhecer-se a si próprio é, efectivamente, conhecer-se como espírito. A energia primordial que assim é dada à consciência não deve, porém, ser confundida com o pensamento, segundo o erro de Descartes, nem com os princípios da lógica escolar, segundo o erro de Hegel. Ao conhecer-se a si próprio, gnosicamente, o homem adquire a certeza de que pensa e raciocina para se relacionar com o espírito universal, e esta certeza habilita-o a adquirir por consistência aquela virtude que denominamos fé. (...)"

Álvaro Ribeiro in "A Razão Animada"

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sufismo



«Os sufis representam a tendência mística do Islão. Ao contrário da maioria dos muçulmanos, que acredita que a proximidade com Deus pode ser alcançada apenas após a morte, os sufis acreditam que é possível ter a experiência da proximidade de Deus em vida. De modo a alcançar esta proximidade, a pessoa necessita de fazer uma viagem, conhecida como tariqas (literalmente, "o Caminho"), sob orientação de um guia espiritual. A viagem requer que se façam orações extra, conhecidas como zikr (recordação de Deus). Os sufis também acreditam na "unidade do caminho" e defendem que todas as vias espirituais se dirigem a um só e ao mesmo Deus.

O sufismo surgiu cedo na história do Islão, como reacção contra o puritanismo e o legalismo árido. Hasan al-Basri (m. 728), que foi educado por Umm Salama, uma das mulheres do Profeta, estabeleceu-o como movimento. al-Basri declarou que os muçulmanos deveriam procurar a "doçura" durante a oração, ao recordar Deus e enquanto lêem o Alcorão.


O primeiro místico islâmico que se reconhece é Rabia al-Basri, cuja vida se encontra envolta em mistério. Sabemos que era uma escrava liberta e que se retirou para o deserto, onde viveu uma vida de pobreza. Rejeitou numerosas propostas de casamento; no entanto, aceitou Hasan al-Basri como aluno. É reconhecida pela sua poesia mística, alguma da qual se encontra hoje acessível ao público. A Rabia al-Basri atribui-se a noção de amor incondicional que se encontra presente na sua célebre oração: "Ó Deus, se rezo a Ti por medo ao inferno, então queima-me no Inferno. Se rezo a ti na esperança do Paraíso, exclui-me do Paraíso. Mas se rezo a Ti por Ti, não me negues a Tua infinita Beleza."


O objectivo da vida sufi é o alcançar fana, ou aniquilação do ego. O primeiro passo em direcção a fana é o abandono do materialismo. O termo sufi tem origem na palavra Suf, que significa "lã". Os sufis usavam mantos feitos a partir de lã não colorida como símbolo da sua renúncia ao mundo e aos seus prazeres. O incidente mais célebre relacionado com o alcance do estado de fana é atribuído a al-Hallaj (m.922). 


Enquanto se encontrava num estado de êxtase, Al-Hallaj proferiu as palavras: "Eu sou a Verdade." Tal levantou probelmas com as autoridades religiosas. Al-Hallaj recosou-se a pedir perdão; na realidade, reperiu a perfomance em várias ocasiões. No final, por insistênci sua, foi executado.

A história muçulmana encontra-se cheia de grandes místicos sufis. O andaluz ibn Arabî (m.1240) é considerado um dos maiores de todos os tempos. O sufi turco Jalal-al-Din Rumî (m.1273) tem uma reputação semelhante. Estes ilustres sufis estabeleceram as suas próprias tariqas, que ainda hoje são seguidas pelos seus discípulos.

sufismo tem sido um grande estímulo para a poesia e a literesatura.Mathnavi, por Rumî, que se encontra repleto de parábolas e histórias, é lido extensivamente poir muçulmanos em toda a parte. Poesia persa e urdu de extrema qualidade têm origem no sufismo, por exemplo, a obra de Omar Khayyam (m. 1124), Sadi (m.1292), Hafiz (m. 1390) e, mais recentemente, Mohammad Iqbal (m.1938).»

Excerto do livro "Em que acreditam os Muçulmanos?" de Ziauddin Sardar