sábado, 30 de abril de 2011
«Uma completa familiaridade com as faculdades ocultas de tudo que existe na Natureza, tanto visível como invisível; suas mútuas relações, atracções e repulsões, bem como a sua causa, investigada até o princípio espiritual que penetra e anima todas as coisas; a habilidade para prover as melhores condições para que tal princípio se manifeste - noutras palavras, um profundo e exaustivo conhecimento das leis naturais - esse era e é a base da Magia.»
H. P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
H. P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
sexta-feira, 29 de abril de 2011
«Quinto Dia» das "Bodas Alquímicas de Christian Rosenkreuz" - J.V.Andreae
I
Nada na terra é preferível
Ao belo e nobre amor
Para que nos torne semelhantes a Deus
E para que tudo seja claro.
II
Quem nos deu a vida?
O amor.
Quem nos devolveu a graça?
O amor.
Qual é a nossa origem?
O amor.
Como chegar a perder-se?
Sem amor.
III
Quem nos gerou?
O amor.
Por que nos alimentaram?
Por amor.
Que devemos aos nossos pais?
O amor.
Como explicar a sua paciência?
Por amor.
IV
Quem permite que nos dominemos?
O amor.
Pode-se encontrar também o amor?
Pelo amor.
Onde revela ele as suas boas obras?
No amor.
Quem pode ainda unir dois espíritos?
O amor.
«Quinto Dia» das "Bodas Alquímicas de Christian Rosenkreuz"
Atribuído a Johann Valentin Andreae
quinta-feira, 28 de abril de 2011
«O Karma não cria nem planeia nada. É o homem quem planeia e cria causas, e a Lei Cármica ajusta o efeito. Tal ajustamento não é um acto, mas a harmonia universal, que tende sempre a reassumir a sua posição original, tal qual um galho de árvore que, puxado violentamente para baixo, retorna com igual violência. Se o braço que o puxou se deslocar ou quebrar, quem teria sido o causador do sofrimento? O galho ou a nossa insensatez?»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
quarta-feira, 27 de abril de 2011
«Para todos, quantos queiram mais da vida que o que ela é em si mesma, a regra é aquela que, em um dos seus modos, os três graus maçónicos simbolizam. Entramos aprendizes pelo sofrimento, passamos companheiros pelo propósito, somos levantados Mestres pelo Sacrifício. De outro modo se não chega, na arte como na vida, à Cadeira, que é o Trono de Salomão.»
Breve Reflexão sobre a Fé - "Thamos de Tebas"
Fé é uma palavra que envolve o quotidiano de cada um de nós. Sem nos apercebermos citamos diversas vezes a palavra Fé, em expressões banais como: “não tenho fé em algo” ou “tens de ter fé”, etc. Esta palavra simboliza, num sentido laico, Confiança. Mas esta é, sem dúvida, uma palavra difícil de definir. Porque sem confiança não há Fé, se não confiarmos em algo não há Fé, se não acreditarmos não temos Fé. Ora aqui está uma “nova” palavra: Acreditar. Acreditar é sinónimo de Crer em Algo, seja esse algo visível, invisível, palpável ou intangível.
O Homem, desde que se recorda, correu em busca do Saber, do Conhecimento. Essa eterna busca levou-o a crer em algo que o movesse, que lhe desse confiança e o fizesse acreditar no seu Caminho, de onde vem, onde está e para onde vai. Sob o olhar da noite escura, observando o infinito céu, o homem concebeu a imagem sobrenatural do Alto, dedicando-se à adoração de um Ser Criador de toda a Humanidade. O homem entregou-se a algo que ultrapassou o tangível pelos seus cinco sentidos, algo que o movia (e move) a acreditar, com confiança, numa Verdade absoluta. Assim nasceu a Fé.
Para mim, Fé é Amor, pois este engloba o Mundo, o Universo e o seu Criador.
A Fé serviu de criação a outras tantas palavras. Do latim Fides temos a herança nas palavras Fiel e Fidelidade. Ora, o homem que é Fiel a sua verdade, tem Fé e essa Fé permite Fidelidade à sua Doutrina/Verdade.
O Homem deve conceber o seu Caminho rumo à Verdade, e só através da Fé o atingirá.
No meu percurso cruzei-me com o ideário medieval; a minha Fé junta-se aos Princípios sob os quais a Cavalaria foi erguida: Fides, Spes et Caritas. Fé, Esperança, Caridade, Justiça, Prudência, Fortaleza e Temperança. A minha concepção de Fé baseia-se na Verdade, no Amor ao próximo e à Justiça. Entrego-me nas mãos do Alto e pelo seu desígnio procuro seguir a minha Via.
Thamos de Tebas
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
«Resumindo tudo em poucas palavras, MAGIA é SABEDORIA espiritual. A Natureza é a aliada, aluna e serva do mago. Um princípio comum, vital, penetra todas as coisas, e é controlável pela vontade do homem perfeito. O Adepto pode estimular os movimentos das forças naturais nas plantas e animais num grau sobrenatural. Tais factos não são obstruções da Natureza, mas aceleramentos, em que são dadas condições de acção vital mais intensa.»
H. P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
H. P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
sábado, 23 de abril de 2011
«Uma lei oculta ensina que todo o homem corrige os seus defeitos individuais, aperfeiçoa, por pouco que seja, o organismo de que é parte integrante. Do mesmo modo, ninguém peca ou sofre os efeitos do pecado, sozinho. De facto, não existe nenhuma "separatividade". A mais chegada aproximação desse estado egoísta, que as leis da vida permitem, está na intenção ou motivo.»
H.P. Blavatsky
in "Chave da Teosofia"
H.P. Blavatsky
in "Chave da Teosofia"
sexta-feira, 22 de abril de 2011
«O homem, o mais perfeito dos seres organizados sobre a Terra, em quem a matéria e o espírito, i,é., a vontade, são os mais desenvolvidos e poderosos, é o único a quem é permitido dar um impulso consciente a esse princípio, que emana dele. Somente ele pode transmitir ao fluído magnético impulsos opostos e vários, sem limites quanto à direcção.»
H.P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
H.P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
quinta-feira, 21 de abril de 2011
«A Filosofia Esotérica reconcilia todas as religiões, rasga as vestes humanas para mostrar que a raiz de cada uma é idêntica a das demais grandes religiões. Demonstra a necessidade de que haja na natureza um Princípio Divino e Absoluto. Não nega a divindade, como tão-pouco negaria o sol. A Filosofia Esotérica nunca rejeitou a ideia de Deus na natureza ou da divindade, como "Ens" absoluto e abstracto; unicamente se recusa a aceitar os deuses daquelas que se chamam de religiões monoteístas, deuses criados pelo homem à imagem e semelhança, blasfema e triste caricatura do Sempre Desconhecido.»
H. P. Blavatsky
quarta-feira, 20 de abril de 2011
«No último e excelso sentido, a Loja é o arcano ou arca da Verdade. O mestre e os Dois que estão com ele no governo da Loja são o símbolo das Três Verdades fundamentais ou cabalísticas. Os dois que, com estes três, formam os Cinco que completam a Loja, são símbolo dos dois princípios externos ou de Relação, por meio dos quais a Verdade não é Erro. E os outros dois, por meio dos quais a Loja fica perfeita, são os símbolos dos Dois últimos princípios, por meio dos quais a Verdade pode descer ao nosso conhecimento, se nós soubermos subir a ela. [...]»
Fernando Pessoa
in "Átrio"
«A Arte é uma emoção interior que dá conta de um Mistério. Um Mistério total que se eleva, magnífico, por cima de toda a expressão artística, que não pode ser escrava da representação social racional. As forças, as vibrações, as ondas, as energias, são apreendidas de uma forma totalmente distinta daquela das ideias, que são uma invenção humana.»
terça-feira, 19 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
Prefiro os que me criticam,
porque me corrigem, aos que me
elogiam, porque me corrompem.
Se me engano, existo.
Os homens estão sempre dispostos a
vasculhar e averiguar sobre as vidas
alheias, mas têm perguiça em
conhecer-se a si mesmos e corrigir
a sua própria vida.
Se queres conhecer uma pessoa,
não lhe perguntes o que pensa mas sim
o que ela ama.
Ama e faz o que quiseres. Se calares,
calarás com amor; se gritares, gritarás
com amor; se corrigires, corrigirás com
amor; se perdoares, perdoarás com
amor. Se tiveres o amor enraizado em ti,
nenhuma coisa senão o amor serão os
teus frutos.
Conhece-te, aceita-te, supera-te.
Santo Agostinho
«Nenhum Ego difere de outro Ego, tanto em sua essência primordial ou original como em sua natureza. O que faz de um mortal um grande homem e de outro um indivíduo vulgar e imbecil é a qualidade e constituição de sua concha ou invólucro físico e a adequação ou inadequação de seu cérebro e corpo para transmitir e dar expressão à luz do homem interno, real; e esta aptidão ou inaptidão é, por sua vez, o resultado do Karma.»
H. P. Blavatsky
in "Lúcifer"
H. P. Blavatsky
in "Lúcifer"
sábado, 16 de abril de 2011
«O Mal é uma necessidade no Universo Manifestado, e um dos seus sustentáculos. É uma necessidade para o progresso e evolução, tanto como a noite é necessária para a produção do dia, e a morte para a produção da vida, a fim de que o homem possa viver por todo o sempre.»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
sexta-feira, 15 de abril de 2011
«Karma é uma lei infalível, que nos planos físico, mental e espiritual da existência ajusta o efeito à causa. Assim como não existe causa sem efeito - desde uma perturbação cósmica até o movimento de nossas mãos; assim como cada coisa engendra sua semelhante, da mesma forma o Karma é aquela lei invisível e desconhecida que sábia, inteligente e equitativamente ajusta cada efeito à sua causa e leva esta ao seu produtor.»
H. P. Blavatsky
in "Chave da Teosofia"
H. P. Blavatsky
in "Chave da Teosofia"
quinta-feira, 14 de abril de 2011
«O homem... num corpo mortal é assaltado por inúmeras dúvidas. Quando elas surgem, é porque ele ignora alguma coisa. Portanto, o homem deve ser capaz de dispersar a dúvida "com a espada do conhecimento..." Todas as dúvidas procedem da natureza inferior; jamais da natureza superior.»
H.P. Blavatsky
in "Ocultismo Prático"
H.P. Blavatsky
in "Ocultismo Prático"
quarta-feira, 13 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
«Como o conhecimento da essência do Ser é proibitivo, eles acreditaram que o conhecimento de suas leis também o fosse; e como o conhecimento das leis do Ser nos era recomendado, eles acreditaram que o da essência fosse permitido. Eis o que fez os ignorantes e os ímpios.»
Louis Claude de Saint-Martin
in "O Homem de Desejo"
Louis Claude de Saint-Martin
in "O Homem de Desejo"
segunda-feira, 11 de abril de 2011
«Uma vez aceita a ideia de que a leia de causalidade universal não é só presente, mas sim passado, presente e futuro, cada acção em nosso plano actual se encaixa natural e facilmente em seu verdadeiro lugar e é encarada em sua verdadeira relação connosco e com os demais. Toda acção vil e egoísta nos impele para trás e não para a frente, ao passo que todo pensamento nobre, todo acto altruísta são degraus para os planos superiores e mais gloriosos do Ser.»
H. P. Blavatsky
in "Chave da Teosofia"
H. P. Blavatsky
in "Chave da Teosofia"
domingo, 10 de abril de 2011
Dante Alighieri
«Não se pode exprimir com palavras
a passagem do estado humano ao divino...»
"Divina Comédia - Paraíso"
Dante Alighieri
«Não há nenhum bem ou mal em si, como não há nem "elixir da vida" nem elixir da morte", nem veneno em si. Tudo está contido na única e mesma essência universal, dependendo os resultados do grau de sua diferenciação e de suas várias correlações. O seu lado de luz produz vida, saúde, bem-aventurança, paz divina, etc.; o lado de trevas traz morte, doenças, tristezas e conflitos.»
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
"Dante e Beatriz"
«Entre Dante [Alighieri], fiel do Amor, e Beatriz [Beatrice], sua Dama inspiradora, existe uma relação de almas irmãs (almas gémeas) que se entendem perfeitamente, falam a mesma linguagem, pertencem à mesma casta, e à mesma paróquia da mesma cidade (tudo isto se deve entender num sentido simbólico).
E mesmo quando Beatriz morre e "sobre aos céus", leva consigo a missão que Dante lhe atribui na "Divina Comédia": conduzir o seu "espírito-irmão" através do caminho que "conduz às estrelas".
Beatriz morre e Dante sente essa morte como se fosse a sua própria morte - nessa altura ele vive a temível prova da "morte iniciática": Dante morre com Beatriz para a sua vida anterior e renasce seguidamente, com ela, para uma "vida nova" - e por isso ele escreve "Vita Nuova", obra efectivamente inspirada pela morte de Beatriz e apresentando carácter iniciático incontestável.
Nesse livro admirável, Dante revela que Beatriz é "a gloriosa dama dos meus pensamentos, a que muitos chama Beatriz, na ignorância de qual fosse o verdadeiro nome"; "quem quisesse prensar subtilmente chamaria Amor a Beatriz".
[...] Dante veste-a com três cores fundamentais, e riquíssimas do ponto de vista simbólico: branco, verde e vermelho - as três cores litúrgicas principais [...].
Beatriz tem ainda um simbolismo numérico: o seu número é o nove. "Um dia, quase na hora nona", Dante julga ver Beatriz e escreve: "Se três é por si mesmo factor de nove, e se, por outro lado, o factor por si mesmo dos milagres é três, isto é, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que são três e um, foi minha amada acompanhada pelo número nove para dar a entender que ela era um nove, ou seja, um milagre, cuja raiz é somente a Santíssima Trindade".
Na "Vita Nuova", que é realmente o relato da conquista de uma nova vida, depois de um segundo nascimento (iniciático), Dante conta-nos que viu Beatriz aos nove anos de idade e depois aos dezoito, sendo saudado por Beatriz à nona hora desse dia. [...] "Uma das razões porque o dito número é tão seu amigo poderia ser a de que, segundo Ptolomeu e a verdade cristã, são nove os céus que se movem (...) pelo que a fidelidade do número nove significaria que na sua geração estavam os nove céus em perfeitíssima harmonia" escreve. E acrescenta: "Foi esse número ela mesma - por semelhança, tal como a entendo."
Se nove é, na verdade, o número de Beatriz, noventa e nove, número cíclico, familiar aos pitagóricos (o ano délfico tinha noventa e nove meses) é comum a Dante e ao seu mestre Virgílio: a "Divina Comédia" tinha noventa e nove cantos, enquanto o número de versos da "Eneida" ronda os nove mil e novecentos; o clímax desta última obra é dada nos primeiros 6300 versos; ora, é no canto 63.º da "Divina Comédia" que Dante faz aparecer Beatriz no carro triunfal da Igreja. Somemos 63 com 36 e teremos 99 [qualquer um destes três números quando sujeitos à adição teosófica obteremos o número 9]... Além disso, 63 divide o total de 99 segundo a relação 11/7 que tem valor capital na simbólica pitágorica [...].»
António Carlos Carvalho
in Prefácio do "Esoterismo de Dante" - René Guénon
Fedeli d´Amore
«[...] os "Fedeli d´Amore" eram um movimento aparentemente literário mas que comportava no seu interior uma verdadeira organização iniciática. O seu tempo de existência é o fecundíssimo século XIII, época que marca o apogeu da civilização da Idade Média, depois desse ponto alto será o começo do declínio, assinalado com a próxima destruição da Ordem dos Templários...
Esta milícia secreta dos Fiéis do Amor, toda ela espiritual, manifesta a sua presença em França, na Provença, na Bélgica e, claro em Itália. Os seus objectivos são o culto da "Mulher única" e a iniciação nos mistérios sublimes do Amor. A "Mulher" simboliza aqui o intelecto transcendente, a Sabedoria. E o Amor? [...]
Amor é, portanto, o contrário da Morte.
[...] Os "Fedeli d´Amore" não são, portanto, um grupo "herético" mas sim um movimento dos que já não reconheciam aos Papas o prestígio de chefes espirituais da Cristandade (mundo ocidental).
Amando um mulher, o adepto poderia, por esse meio, despertar da letargia em que tinha caído o mundo cristão ocidental graças ao papel negativo desempenhado pelo Papa no domínio espiritual - é assim que encontramos nos textos dos "Fedeli d´Amore" alusões a uma viúva "que não é viúva": é a "Madonna Intelligenza", que ficou "viúva" porque o seu esposo o Papa, morreu para a vida espiritual, dedicando-se exclusivamente a assuntos de ordem temporal.
Mas a Mulher amada é também um símbolo - o do intelecto transcendente, a Sabedoria.»
António Carlos Carvalho
in Prefácio do "Esoterismo de Dante" - René Guénon
sábado, 9 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
«A vida real é a consciência espiritual dessa vida, numa existência consciente em Espírito, não em Matéria; e a morte real é a percepção limitada, a impossibilidade de sentir a existência consciente ou mesmo individual fora da forma, ou pelo menos em alguma forma de Matéria.»
H.P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H.P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
quinta-feira, 7 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
«(...) A Cavalaria deve ser, em primeiro lugar, uma testemunha. Os grandes valores, a realidade, as grandes qualidades da cavalaria estão lá e presentes, mas por outro lado, não chega estarem presentes. É preciso agir, não apenas como exemplo, mas intervir quando é preciso. E isto é extremamente importante.
A Cavalaria, os seus objectivos, não mudam nunca. Revestem-se de novos termos, mas mantêm-se os mesmos. E a grande via, a grande, grande via da Cavalaria, a que contém todas as outras possibilidades, todas as outras regras, foi exprimida uma única vez através de termos muito claros: "Amai-vos uns aos outros". Porque, todas as dificuldades com que nos deparamos são devidas ao facto das pessoas não se amarem umas às outras.
(...)
Os ideais não são relativos a um determinado tempo. São permanentes, eternos, embora compreendidos de forma diferente, captados de forma diferente. Mas, na realidade, são sempre os mesmos ideais, os mesmos grandes princípios. E a partir do momento em que estes grandes princípios sejam aplicados, a Terra tornar-se-á um lugar paradisíaco, um paraíso. (...)»
Raymond Bernard
segunda-feira, 4 de abril de 2011
«A "Queda" é uma alegoria universal. Representa, num extremo da escala da Evolução, a "rebelião", i.é., a acção diferenciadora da inteligência, ou consciência, em seus diversos planos, buscando a união com a Matéria; e do outro, o extremo inferior, a rebelião da Matéria contra o Espírito, ou da acção contra a inércia espiritual."
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
H. P. Blavatsky
in "Doutrina Secreta"
domingo, 3 de abril de 2011
"As máximas de Delfos" - Platão
«Eu, por mim, diria que a sabedoria consiste em conhecer-se a si mesmo, de acordo com o autor da inscrição de Delfos. Aquelas letras estão ali, segundo me parece, como se fosse a saudação do deus aos visitantes, em vez do "Regozija-te", como se essa fórmula de cumprimentos não fosse adequada, e não devêssemos convidar-nos uns aos outros ao regozijo, mas à sensatez. E assim o deus se dirige aos visitantes do templo de modo superior ao dos homens, conforme pensou o autor da inscrição, em meu entender. A quem entrar, o deus não proclama mais do que "Sê sensato". Mas, como profeta que é, usa de uma forma enigmática, pois "Conhece-te a ti mesmo" e "Sê sensato" é a mesma coisa, conforme a inscrição e a minha interpretação. Mas facilmente se poderia supor outra coisa, como me parece que aconteceu também aos que depois gravaram as outras inscrições. "Nada em excesso" e "Onde a caução, logo a desgraça". Esse supuseram que o "Conhece-te a ti mesmo" era um conselho, em vez de uma saudação do deus aos visitantes; depois, para oferecerem conselhos que não fossem menos úteis, gravaram estas inscrições.»
Platão
in "Cármides" (164 d-165 a)
"Considerações sobre a Meditação" - Dion Fortune
«A meditação poder ser definida como a prática do pensamento concentrado e dirigido destinada a constituir uma atitude da mente. Trata-se de um componente de extrema importância da disciplina que desperta a mente para a consciência superior. Sem a prática regular da meditação, nos termos de uma técnica coerente, é impossível qualquer verdadeira realização.
(...)
A meditação pode ser considerada de quatro diferentes perspectivas. Em primeiro lugar, da perspectiva do desenvolvimento da personalidade como tal, estando voltada para uma vida mais feliz e mais bem-sucedida, assim como para o aprimoramento das capacidades pessoais.
Em segundo lugar, da perspectiva daquilo que se pode designar genericamente de perspectiva do Novo Pensamento, em cujo âmbito, o objectivo é permitir que a alma entre em harmonia com Deus.
Em terceiro lugar, do ponto de vista do ocultismo ou da yoga. E, por último, da perspectiva mística, cristã ou não-cristã, em que a meditação tem por meta capacitar a alma a dedicar-se irrestritamente à Divindade e unir-se a ela. (...)»
Dion Fortune
in "Aspectos do Ocultismo"
sábado, 2 de abril de 2011
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