«Na eloquência há magia, no conhecimento ignorância, na poesia sabedoria e na linguagem gravidade.»
Muhammad
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
«A operação alquímica consistia essencialmente em separar a prima materia, chamada de chaos, em um princípio activo, a alma, e um princípio passivo, o corpo, que eram então reunificados de forma personificada na coniunctio ou "bodas químicas"... a cohabitação ritual de Sol e Luna.»
C. G. Jung
in Mysterium Coniunctionis
C. G. Jung
in Mysterium Coniunctionis
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
«Todo o Simbolismo autêntico reside na verdadeira natureza das coisas e é a concreta realidade fundada em reais analogias. Efectivamente, o Simbolismo tem o seu fundamento na natureza dos seres e das coisas, estando em conformidade com as leis da natureza; e como as leis da Natureza são a expressão e interiorização da Vontade divina, estamos, deste modo, autorizados a afirmar que o Simbolismo é de carácter não humano e o seu princípio remonta a mais longe e mais alto do que a humanidade.»
António Carlos Carvalho
«A tradição alquímica crê que toda ciência ou arte física é um corpo de conhecimento que apenas existe por que é vivificado por processos e poderes invisíveis. A química, tal como é praticada no mundo moderno, preocupa-se principalmente com pesquisas farmacêuticas e industriais. Está confinada pelos limites impostos pelo materialismo reinante que atrela o trabalho à busca de objectivos físicos.»
Manly P. Hall
Manly P. Hall
«Suspenso na Árvore assolada pelo vento,
Durante nove dias e nove noites fiquei.
Trespassado por uma lança, uma oferenda para Odin,
Eu mesmo me sacrificando e oferecendo-me a mim.
Amarrado e suspenso estive naquela Árvore,
Cujas raízes têm uma origem desconhecida aos homens.
Ninguém me deu pão para comer,
Ninguém me deu algo para beber.
Ao espreitar as profundezas abaixo de mim,
Agarrei avidamente as runas,
E apossei-me delas, dando um grito feroz.
Depois caí da Árvore, perdendo os sentidos.
(...)
Bem-estar eu alcancei com as runas, Sabedoria também.
Amadureci e alegrei-me com o meu crescimento.
Cada palavra conduziu-me a novas palavras,
Cada acto proporcionou-me novos actos e escolhas.»
Havamal - Eddas
domingo, 25 de dezembro de 2011
«Os arquétipos são como os leitos dos rios, que secam quando a água deles se esvai e renascem quando o rio a eles volta novamente. Podemos assemelhar um arquétipo a um córrego antigo, em que a água da vida fluiu durante séculos, cavando um profundo canal e a ele voltando, mais cedo ou mais tarde, dependendo da intensidade do seu fluxo.»
Carl Gustav Jung
in Wotan
Carl Gustav Jung
in Wotan
sábado, 24 de dezembro de 2011
«É um erro confundir a alquimia com a química. A química moderna é uma ciência que trata apenas das manifestações exteriores da matéria. Nunca produz algo novo. Podemos misturar, compor e decompor duas ou três substâncias químicas quantas vezes quisermos, e fazê-las reaparecer em diferentes formas, mas ao final não há aumento na substância, apenas a combinação das substâncias usadas no início. A alquimia não compõe nem mistura: ela aumenta e activa o que já existe em estado latente. Portanto a alquimia pode ser mais exactamente comparada com a botânica ou com a agricultura. Com efeito, o crescimento de uma planta, árvore ou animal é um processo alquímico que acontece no laboratório alquímico da natureza e é conduzido pelo Sumo Alquimista, o poder activo de Deus na natureza.»
Franz Hartmann
Franz Hartmann
«A matéria está à vista de todos; todos a vêem, a tocam, a amam, mas não a conhecem. Ela é gloriosa e vil, preciosa e de pouco valor, e encontra-se em toda parte... Mas, para ser breve, a nossa Matéria tem tantos nomes quanto existem coisas nesse mundo; é por isso que os tolos não a conhecem.»
O Tratado Áureo
O Tratado Áureo
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
«Esta Ciência é um dom de Deus, e um mistério escondido nos livros dos Filósofos, sob o véu obscuro dos enigmas, das metáforas, das parábolas e dos discursos encobertos, a fim de não chegar ao conhecimento dos insensatos que dela abusariam, e dos ignorantes que não se dão ao trabalho de estudar a Natureza.
Aqueles que desejam alcançá-la devem aplicar-se a aclarar os seus espíritos, lendo com atenção e meditando os textos e as sentenças dos Filósofos, sem se deter na letra mas sim no sentido que ela encerra.»
Aurora Consurgens
Aqueles que desejam alcançá-la devem aplicar-se a aclarar os seus espíritos, lendo com atenção e meditando os textos e as sentenças dos Filósofos, sem se deter na letra mas sim no sentido que ela encerra.»
Aurora Consurgens
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
«19.
Existe uma magia do Intervalo.
Existe uma teurgia do Intervalo.
Existe uma alquimia do Intervalo.
As três baseiam-se numa Geometria do Intervalo, numa Geometria Sábia. O corpo de glória é um Intervalo de tal densidade que a luz emana da obscuridade. O Intervalo é negror luminoso.»
Rémi Boyer
in Pedaços de Incoerismo - "Poeiras da Absurdidade Sagrada - Livro Solar"
Existe uma magia do Intervalo.
Existe uma teurgia do Intervalo.
Existe uma alquimia do Intervalo.
As três baseiam-se numa Geometria do Intervalo, numa Geometria Sábia. O corpo de glória é um Intervalo de tal densidade que a luz emana da obscuridade. O Intervalo é negror luminoso.»
Rémi Boyer
in Pedaços de Incoerismo - "Poeiras da Absurdidade Sagrada - Livro Solar"
«13.
A Iniciação, caminho de Despertar, opõe-se à noção de ordem formal. Destrói a identificação com todos os formalismos. Opõe-se igualmente à noção de desordem, que é apenas ausência de uma ordem conhecida, esperada, desejada. A Iniciação é a-ordem, não-ordem, acessível no intervalo que antecede a zona de conceito.»
Rémi Boyer
in Pedaços de Incoerismo - "Poeiras da Absurdidade Sagrada - Livro Solar"
A Iniciação, caminho de Despertar, opõe-se à noção de ordem formal. Destrói a identificação com todos os formalismos. Opõe-se igualmente à noção de desordem, que é apenas ausência de uma ordem conhecida, esperada, desejada. A Iniciação é a-ordem, não-ordem, acessível no intervalo que antecede a zona de conceito.»
Rémi Boyer
in Pedaços de Incoerismo - "Poeiras da Absurdidade Sagrada - Livro Solar"
«Todos os símbolos e ritos dirigem-se, não à inteligência discursiva e racional, mas à inteligência analógica.
... ainda que se quisesse revelar claramente o oculto, se não poderia revelar, por não haver para ele palavras com que se diga.
O símbolo é naturalmente a linguagem das verdades superiores à nossa inteligência...
O oculto é o interno, a outra face das coisas. O oculto significa o que não é presente, o que não é actual... o que já passou, o que virá a ser e também o que é mas nós não conhecemos.
Primeiro devemos sentir os símbolos, sentir que os símbolos têm vida ou alma - que os símbolos são gente. Mais tarde virá a interpretação mas sem esse sentimento a interpretação não vem. Os rituais, entre outros fins, têm o de fazer sentir ao iniciado pela solenidade e o deslumbramento a vida dos símbolos que lhe comunicam. Quem tenha em si o poder de sentir pronta e instintivamente a vida dos símbolos não precisa de iniciação ritual.»
Fernando Pessoa
... ainda que se quisesse revelar claramente o oculto, se não poderia revelar, por não haver para ele palavras com que se diga.
O símbolo é naturalmente a linguagem das verdades superiores à nossa inteligência...
O oculto é o interno, a outra face das coisas. O oculto significa o que não é presente, o que não é actual... o que já passou, o que virá a ser e também o que é mas nós não conhecemos.
Primeiro devemos sentir os símbolos, sentir que os símbolos têm vida ou alma - que os símbolos são gente. Mais tarde virá a interpretação mas sem esse sentimento a interpretação não vem. Os rituais, entre outros fins, têm o de fazer sentir ao iniciado pela solenidade e o deslumbramento a vida dos símbolos que lhe comunicam. Quem tenha em si o poder de sentir pronta e instintivamente a vida dos símbolos não precisa de iniciação ritual.»
Fernando Pessoa
«O caminho para o mistério não se faz pelo conhecimento ou pela pureza da vida, mas sim pela iniciação. Não é fácil encontrá-lo, bem como encontrar o ponto de entrada, a energia para lá se manter, ou a atitude para permanecer na vida. No entanto, uma vez que se dê o passo inicial com coragem e abandono, o resto, embora seja de certo modo árduo, acaba por se tornar mais fácil.»
Thomas Moore
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
«Fica sabendo que a luminosa Vida, oculta e eterna, que irradiou sobre Adão, e que se encontrava da forma mais esplêndida na mais elevada estação, na melhor situação e na mais brilhante claridade, e que reluz na mais nobre glorificação em testemunhos sagrados e presença até se tornar uma coisa (manifestação) do Senhor, não se extravia nem se esquece. Eterna, não se apaga nem se cansa. Foi a Luz do Seu Nome oculto e segredo do Seu Nome grandioso...E quando Allâh, o Altíssimo, quis manifestar a Sua Perfeição às Suas criaturas... tomou essa Vida de Si e ocultou a Luz na luz mais resplandecente que a partir d´Ele acendeu....»
Ibn Qasî
Ibn Qasî
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
«[...] Hoje em dia, as grandes ordens iniciáticas - grandes pelo número de membros, obediências maçónicas à cabeça - têm tendência a negligenciar a cultura clássica e a cultura literária. Quando muito, ler-se-á os autores da actualidade; poucos aliás. Os maçons são geralmente fracos leitores e há um certo desdém para com os grandes nomes da Literatura. No entanto, não há Literatura sem Metafísica, e o corpus literário pode ser entendido como um corpus tradicional. [...]»
Rémi Boyer
Rémi Boyer
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Hino Órfico a Atena
Descendente única, nobre raça de Zeus, abençoada e determinada que se regozija em cavernas a pilhar: ó Palas guerreira cuja raça é ilustre, inefável e exprimível te achamos, magnânima e famosa, Tu alegras-te nas alturas rochosas, bosques e montanhas brumosas, regozijas-te nas armaduras e inspiras as almas dos mortais com fúria imparável e selvagem. Virgem ginástica de mente terrífica, medonha ruína das Górgonas, solteira, abençoada, gentil, mãe das artes, impetuosa; és entendida como fúria pelos maus mas como sabedoria pelos bons. Mulher e homem, as artes da guerra são tuas, ó formada Drakaina, inspiração divina, sobre os Gigantes de Phlegraion, erguidos em fúria, os teus corcéis conduzem com fúria destrutiva. Tritogeneia de aspecto esplêndido que nos libras de males, rainha vitoriosa. Ouve-me, ó Deusa, quando te rezo com voz suplicante, de dia e de noite, e na minha última hora dá-me paz e saúde, tempos propícios e a prosperidade necessária, e sê sempre presente ajudando os teus iniciados, ó Implorada, mãe das artes, donzela de olhos azuis.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
«Ao despertar para a consciência externa, de um pesado e profundo sono, sem sonhos e ininterrupto, os homens podem às vezes não se lembrar de nada. Mas as impressões das cenas e paisagens que o corpo astral viu em suas peregrinações estão ainda ali, embora permanecendo latentes sob a pressão da matéria. Elas podem ser despertadas a qualquer momento, e então, durante os lampejos da memória interno do homem há um instantâneo intercâmbio de energias entre os universos visível e invisível.»
H.P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
H.P. Blavatsky
in "Ísis sem Véu"
terça-feira, 1 de novembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
«Vim a ti, Amon-Ra. Eu sou Thot, que se aproxima da época dupla para procurar o Olho Sagrado para o seu Mestre. Vim, encontrei o Olho Sagrado, e contei ao seu Mestre Hórus.
Vem a mim, Amon-Ra, para que me guies sobre este caminho onde cruzas, que eu aí penetre em forma de Olho-Ba (...)
Vi o deus! Vim a ele (...). Entro na estátua de Maat para que Amon-Ra, Senhor de Karnak [Tebas], se una à sua bela Maat neste dia.»
Capítulo de entrada para o templo do ritual de Mut a Abydos
terça-feira, 25 de outubro de 2011
«Ignoras tu, oh Aclépio, que o Egipto é a imagem do céu e que é a projecção aqui em baixo de toda a ordem das coisas celestes?
Contudo, tens de saber:
Virá o tempo em que haverá a sensação de que os Egípcios observaram em vão o culto dos deuses com tanta piedade e que todas as invocações foram estéreis e rejeitadas.
A divindade deixará a terra e subirá ao céu, abandonando o Egipto, a sua antiga morada; então esta terra santificada por tantas capelas e templos será coberta de tumbas e de mortos.
Oh Egipto, Egipto!
Da tua religiao apenas permanecerão escritos vagos que a posteridade deixará de crer e palavras gravadas na pedra a contar a tua piedade.»
Hermes Trismegisto
Templo de Seti I em Abydos
«[Sechat]: Fundei-o com Sokaris, estendi o cordão para o posicionamento dos seus muros enquanto que a minha boca recitava as grandes encantações. Thot estava lá com os seus livros... para estabelecer o limite dos seus muros; Path-Tatenen media o solo e Tum estava lá... a maça na minha mão era de ouro, eu batia com ela na estaca e tu estavas comigo sob a forma de Hounon; os teus dois braços seguravam a corda: assim foram estabelecidos os quatro ângulos tão solidamente como os quatro pilares do céu. Foi Neith que pronunciou os encantamentos e as fórmulas protectoras do templo...»
Templo de Seti I em Abydos
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
«Os Egípcios representavam a Natureza do Todo Universal como o mais belo triângulo... Este triângulo comporta a parte vertical de três comprimentos, a parte da base de quatro comprimentos e uma hipotenusa de cinco cumprimentos... Poderíamos comparar a linha vertical ao elemento masculino, a linha de base, princípio horizontal, ao feminino e a hipotenusa, aquilo que nasceu dos dois e representa a origem. Assim, Osíris e Ísis, princípios de concepção, dão nascimento a Hórus, que, ele mesmo, simboliza a origem ou horizonte.»
Plutarco
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
«Então chega este deus
cheio de prestígio,
Amon, Mestre dos Tronos dos
dois Países;
Depois de ter tomado a
forma do Soberano,
encontrou a rainha adormecida,
no seu Palácio magnífico,
O perfume do deus despertou-a
e ela sorriu a Sua Majestade;
Sem demora, aproximou-se dela
e deu-lhe o seu coração.
Ela pôde vê-lo, na sua estatura
divina,
Quando veio a ela.
E ela ficou feliz por contemplar o seu resplendor.
O amor apoderou-se do seu corpo,
Enquanto o Palácio era
inundado por odores do deus
Perfumes vindos do país do Punt.»
Inscrição encontrada no templo de Luxor (Tebas)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
«A imortalidade dos Egípcios era um morrer e viver perpétuo que a alma atravessava guardando a sua própria identidade, A alma não sofria estas vicissitudes unicamente depois da vida humana. Antes de nascer neste mundo tinha nascido e morrido em muitos outros mundos. A vida terrestre não é mais do que um devir, Kepher, no conjunto dos devires, Kepher que tinham precedido e que seguiriam. A alma tinha uma duração infinita antes do seu nascimento [na Terra] e terá uma duração infinita depois da sua morte. Se tivesse quer resumir a sua condição de ser numa só palavra não diria que é imortal, mas antes eterna.»
Gaston Maspero
«Primeiro, Deus fez descer as almas para que logo voltem a Ele. Não há diferença entre o retorno e a descida das almas, mas da mesma maneira que a génese de tudo o que vemos depende da essência intelectual, assim, na ordem das almas, a sua libertação da geração está em harmonia com a sua inclinação até ela.»
Jâmblico
in Mistérios do Egipto
Jâmblico
in Mistérios do Egipto
«Os Egípcios foram os primeiros que expuseram a doutrina da imortalidade da alma e o facto de que, depois da morte do corpo material, esta encarna num novo corpo que está por nascer; pretendem que quando a alma já conseguiu percorrer o ciclo dos animais do mar, da terra e do ar, logra entrar por fim num corpo humano, nascido ou preparado para ela...»
Heródoto
(485?-420 a.C.)
Heródoto
(485?-420 a.C.)
«Oh, Deuses de Heliópolis [...] concedei-me que a minha Alma venha a mim de qualquer lugar onde esteja. [...] A minha Alma e a minha inteligência foram-me arrancadas. Fazei com que a minha Alma veja o meu corpo, se a encontrarem... Que se una à sua múmia [que reencarne].»
Livros dos Mortos
cap. LXXXIX
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
«São simples e sem amaneiramentos. Não frequentam os seus parentes nem amigos e não vivem com nenhuma pessoa estranha à religião. Caminham com decência, o olhar calmo, só muito raramente riem e sorriem discretamente... São graves, desprovidos de ambição e procuram acima de tudo a justiça. Suas vidas estão consagradas ao estudo das coisas divinas e passam as suas noites na observação dos astros. Ocupam.se de teoremas aritméticos e geométricos, trabalham sempre as questões científicas, descobrindo novos factos e ocupam-se em geral do estudo da natureza.»
Porfírio
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
«No cenário dos ritos iniciáticos a "morte" corresponde ao retorno provisório ao "Caos"; é a expressão exemplar do fim de um modo de ser: a ignorância e a irresponsabilidade infantil. A morte iniciática torna possível a tábua rasa sobre a qual virão inscrever-se as revelações sucessivas destinadas a formar um homem novo (...). As imagens e símbolos da morte ritual são solidários com a germinação, com a embriologia: indicam já que uma nova etapa da vida está a ser preparada.»
Mircea Eliade
Mircea Eliade
O importante é que elas [iniciações] proclamam a intenção e reivindicam o poder de transmutar a existência humana. A nostalgia de uma renovação iniciática que surge esporadicamente das profundidades do homem moderno arreligioso, parece-nos altamente significativa: seria, em resumo, a expressão moderna da eterna nostalgia do homem em dar sentido positivo à morte, em aceitar a morte como um rito de passagem a um modo superior de ser. Com efeito, só a iniciação confere à morte uma função positiva: a de nos preparar para uma "nova luz", puramente espiritual, para o acesso a um modo de ser subtraído à acção devastadora do Tempo.»
Mircea Eliade
Mircea Eliade
terça-feira, 20 de setembro de 2011
«Arma-te com a Tocha dos Mistérios,
E na noite terrestre
Descobrirás o Teu Duplo Luminoso,
A tua Alma Celeste.
Segue o Guia Divino,
E que ele seja o teu génio,
Pois ele tem a chave das tuas existências
Passadas e futuras.
Escutai em vós mesmos
E olhai no infinito
Do Espaço e do Tempo.
Aí ouve-se o canto dos Astros,
A voz dos Números,
A harmonia das Esferas.
Cada Sol
É um pensamento de Deus, e cada planeta
Um modo deste Pensamento.
Conhecer o Pensamento Divino, ó Almas!
É a razão pela qual vós desceis
E subis penosamente
O caminho dos céus.
Que fazem os Astros?
Que Dizem os Números?
Que rolam as Esferas?
Ó, Almas perdidas ou salvas!
Eles dizem,
Eles cantam,
Eles rolam os vossos destinos!»
Hermes Trismegisto
E na noite terrestre
Descobrirás o Teu Duplo Luminoso,
A tua Alma Celeste.
Segue o Guia Divino,
E que ele seja o teu génio,
Pois ele tem a chave das tuas existências
Passadas e futuras.
Escutai em vós mesmos
E olhai no infinito
Do Espaço e do Tempo.
Aí ouve-se o canto dos Astros,
A voz dos Números,
A harmonia das Esferas.
Cada Sol
É um pensamento de Deus, e cada planeta
Um modo deste Pensamento.
Conhecer o Pensamento Divino, ó Almas!
É a razão pela qual vós desceis
E subis penosamente
O caminho dos céus.
Que fazem os Astros?
Que Dizem os Números?
Que rolam as Esferas?
Ó, Almas perdidas ou salvas!
Eles dizem,
Eles cantam,
Eles rolam os vossos destinos!»
Hermes Trismegisto
"Kybalion"
1 - O Universo é mental, o Todo é mental.
2 - Como é em cima, é em baixo; como é em baixo, é em cima.
3 - Nada é estático. Tudo está em vibração.
4 - Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto.
5 - Tudo é fluxo e refluxo, tudo tem os seus períodos de avanço e recuo, tudo sobe e desce, tudo se move como um pêndulo; a quantidade do seu movimento à direita é a do seu movimento à esquerda. O ritmo é a compensação.
6 - Toda a causa tem o seu efeito, todo o efeito tem a sua causa. Tudo acontece de acordo com a Lei. O acaso não é senão o nome dado a uma lei que não se conhece.
7 - A geração existe em todo o lado. Tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino.
2 - Como é em cima, é em baixo; como é em baixo, é em cima.
3 - Nada é estático. Tudo está em vibração.
4 - Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto.
5 - Tudo é fluxo e refluxo, tudo tem os seus períodos de avanço e recuo, tudo sobe e desce, tudo se move como um pêndulo; a quantidade do seu movimento à direita é a do seu movimento à esquerda. O ritmo é a compensação.
6 - Toda a causa tem o seu efeito, todo o efeito tem a sua causa. Tudo acontece de acordo com a Lei. O acaso não é senão o nome dado a uma lei que não se conhece.
7 - A geração existe em todo o lado. Tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
«Os egípcios não ignoravam a unidade da divindade, que está em todas as coisas, e que, ao se difundir e se comunicar de inúmeros modos, tem inúmeros nomes, e é buscada de inúmeros modos e por inúmeras razões, apropriadas e adequadas para cada um dos nomes, ao passo que é adorada e honrada por inúmeros ritos... Eis porque nisso se requer sabedoria, juízo e aquela arte, indústria e uso da luz intelectual, que umas vezes é menor e, outras vezes, mais abundante, revelada a nós pelo sol inteligível; sendo tal hábito chamado magia...
Os idólatras insensatos e tolos não tinham nenhuma razão para rir do culto mágico e divino dos Egípcios, que contemplava a divindade em todas as coisas... e sabiam, graças às espécies no seio da natureza, como receber esses benefícios que dela desejavam... cujas (espécies), como ideias diversas, eram diversas divindades na natureza, centradas na única Deidade das deidades, e fonte das ideias acima da natureza.»
Giordano Bruno
sábado, 3 de setembro de 2011
«Vós que não tendes receio de vestir o manto branco dos consagrados, dos Pitagóricos, dos Druidas, dos Cisterciences, não vos esqueceis que o caminho do homem vai da escuridão para a luz, e que é no silêncio que se aprende e que se pratica a grande arte de ir em linha recta para Deus.»
Gilbert de Hoiland
Gilbert de Hoiland
"All Religions are One" - William Blake
«Já que o verdadeiro método de conhecimento é a experiência, a verdadeira faculdade de conhecer tem de ser a faculdade que experimenta.»
William Blake
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
«O anjo é a sabedoria, o coração do ser humano é o amor; o anjo é o recipiente da luz divina, o coração do ser humano é o seu órgão e o seu modificador. Um não pode viver sem o outro e eles só podem estar unidos em nome do Senhor, que é ao mesmo tempo o amor e a sabedoria e que os liga por isto em sua unidade.»
Louis Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
"Quarto Caminho ─ Caminho do Trabalho" - Gurdjieff
«O Quarto Caminho difere dos outros porque a sua principal exigência ou pré-requisito é o que o discípulo entenda o que faz. Um homem não deve fazer nada que não entenda, que não faça sentido para ele. Poucas excepções se abrem quando está sob a supervisão de seu mestre. Quanto mais um homem entende o que faz melhores resultados vai obter de seus esforços. Esse é um princípio fundamental do Quarto Caminho. Os resultados de um Trabalho são proporcionais à consciência que se tem desse Trabalho.»
Gurdjieff
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
"Direitos do Homem sobre o seu Pensamento" - Louis Claude de Saint-Martin
«Não perco tempo para examinar se, no comportamento comum do homem, sua vontade sempre espera uma razão decisiva para se determinar, ou se ela é dirigida somente pela atracção do sentimento; acredito que ela é susceptível de ambos os móveis; e direi que, para a regularidade de sua marcha, o homem não deve excluir nem um nem o outro desses dois meios, tanto a reflexão sem o sentimento o tornaria frio e imóvel quanto o sentimento sem a reflexão tenderia a extraviá-lo.»
Louis Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
"Superioridade do Homem" - Louis Claude de Saint-Martin
«Vemos que, em todas as Classes, a inferior não tem nada do que se manifesta de maneira especial na superior. Assim sendo, uma vez que nos Seres corpóreos abaixo do homem não percebemos nenhuma das marcas de inteligência, não lhes podemos recusar que ele seja aqui em baixo o único favorecido com essa vantagem sublime, ainda que, por sua forma elementar, ele esteja sujeito ao sensório e a todas as afeições materiais da besta.»
Louis Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
sábado, 27 de agosto de 2011
"Maneira de distinguir os três Reinos" - Louis Claude de Saint-Martin
«As ciências humanas não fornecem nenhuma regra segura para se classificar regularmente os três Reinos; só se poderia conseguir isso seguindo-se uma ordem consentânea com a Natureza; neste caso, é preciso primeiro colocar na classe dos Animais os Seres corporais que trazem em si toda a extensão do Princípio de sua frutificação, que, por conseguinte, tendo eles um só, não precisam aderir à terra para o fazerem agir, mas adquirem sua corporificação pelo calor da fêmea de sua espécie, quer o adquiram no seio dessa própria fêmea, quer pelo fogo exterior que ela lhes transmite, [...] quer o adquiram pelo calor do Sol ou pelo de outro fogo.
Em segundo lugar, é preciso colocar na classe dos Vegetais todo Ser que, tendo seu cadinho na terra, frutifica pela acção de dois agentes e manifesta uma produção fora ou dentro dessa mesma terra.
Enfim, deve-se encarar como Minerais todos os Seres que também têm seu cadinho na terra e nela realizam seu crescimento e sua vegetação, mas que, provindo da acção de três agentes, não podem dar nenhum sinal de reprodução, dado que são passivos e que as três acções que os constituem não lhes pertencem propriamente.»
Louis Claude de Saint-Martin
Em segundo lugar, é preciso colocar na classe dos Vegetais todo Ser que, tendo seu cadinho na terra, frutifica pela acção de dois agentes e manifesta uma produção fora ou dentro dessa mesma terra.
Enfim, deve-se encarar como Minerais todos os Seres que também têm seu cadinho na terra e nela realizam seu crescimento e sua vegetação, mas que, provindo da acção de três agentes, não podem dar nenhum sinal de reprodução, dado que são passivos e que as três acções que os constituem não lhes pertencem propriamente.»
Louis Claude de Saint-Martin
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
"Dois Seres no Homem" - Louis Claude de Saint-Martin
«A partir de sua queda o homem viu-se revestido de um envoltório corruptível, porque, sendo composto, ele está sujeito às diversas acções do sensório, que só operam sucessivamente e, por conseguinte, destroem-se umas às outras. Mas, por essa sujeição ao sensório, ele não perdeu sua qualidade de Ser inteligente, de modo que é ao mesmo tempo grande e pequeno, mortal e imortal, sempre livre no intelectual mas ligado ao corpóreo por leis independentes de sua vontade; numa palavra, sendo uma combinação de duas Naturezas diametralmente opostas, ele demonstra alternadamente os efeitos disso de maneira tão clara que é impossível alguém se enganar a este respeito.»
Louis Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
"Castigo do Homem" - Louis Claude de Saint-Martin
«Não é possível conceber um estado mais triste e deplorável do que o desse homem infeliz no momento de sua queda; pois ele não só perdeu a lança formidável a que nenhum obstáculo resistia, mas a própria armadura com que ele fora vestido desapareceu para ele e foi substituída, por algum tempo, por uma outra armadura que, não sendo impenetrável como a primeira, tornou-se para ele uma fonte de constantes perigos, de modo que, tendo ele sempre o mesmo combate a sustentar, ficou infinitamente mais exposto.
[...] Foi pois com a busca dessa arma incomparável que os homens tiveram de se ocupar desde então e é com ela que devem se ocupar todos os dias, visto que é somente por ela que podem recuperar seus direitos e obter todos os favores que lhes foram destinados.»
Louis Claude de Saint-Martin
[...] Foi pois com a busca dessa arma incomparável que os homens tiveram de se ocupar desde então e é com ela que devem se ocupar todos os dias, visto que é somente por ela que podem recuperar seus direitos e obter todos os favores que lhes foram destinados.»
Louis Claude de Saint-Martin
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
"Dos dois Estados do Homem" - Louis Claude de Saint-Martin
«Inimigo voluntário do bom Princípio e da regra única, eterna e invariável, que bem, que lei podia haver nele fora dessa regra, visto que é impossível que um único e o mesmo Ser seja ao mesmo tempo bom e mau, que ele produza ao mesmo tempo a ordem e a desordem, o puro e o impuro?
[...] É assim que, afundado em suas próprias trevas, ele não é susceptível de nenhuma luz e nenhum retorno ao bom Princípio; pois, para que pudesse dirigir seus desejos para essa luz verdadeira, seria necessário antes que o conhecimento disso lhe fosse transmitido, seria necessário que ele pudesse conceber um bom pensamento [...].»
Louis Claude de Saint-Martin
[...] É assim que, afundado em suas próprias trevas, ele não é susceptível de nenhuma luz e nenhum retorno ao bom Princípio; pois, para que pudesse dirigir seus desejos para essa luz verdadeira, seria necessário antes que o conhecimento disso lhe fosse transmitido, seria necessário que ele pudesse conceber um bom pensamento [...].»
Louis Claude de Saint-Martin
terça-feira, 23 de agosto de 2011
"Da Liberdade e da Vontade" - Louis Claude de Saint-Martin
«Se o gozo da Liberdade em nada dependesse do uso da vontade, se o homem não pudesse jamais alterá-la com suas fraquezas e seus hábitos desregrados, convenho que então todos os actos seriam fixos e uniformes e que, assim, não haveria, como nunca teria havido, liberdade para ele.»
Louis Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
"O Mal, resultado da Liberdade" - Louis Claude de Saint-Martin
«[...] Se o Autor do mal tivesse feito uso legítimo de sua liberdade, jamais teria se separado do bom Princípio e o mal ainda estaria por nascer; pela mesma razão, se ele pudesse hoje empregar sua vontade em seu proveito e dirigi-la para o bom Princípio, deixaria de ser mau e o mal não mais existiria.»
Louis Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
"Origem do Mal" - Louis Claude de Saint-Martin
«Quando o homem, tendo se elevado para o bem, contrai o hábito de permanecer invariavelmente apegado a isso, ele nem sequer tem a ideia do mal; aí está uma verdade que já estabelecemos e que nenhum Ser inteligente poderá razoavelmente contestar. Se ele tivesse constantemente a coragem e a vontade de não descer dessa elevação para a qual nasceu, o mal, então, nunca seria nada para ele; e, com efeito, ele só sente as suas perigosas influências na proporção em que se afasta do bom Princípio, de modo que se deve concluir dessa punição que ele comete então um acto livre [...].»
Louis Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
"Do Bom e do Mau Princípio" - Louis Claude de Saint-Martin
«É verdade que, considerando as revoluções e contrariedades que sofrem todos os Seres da Natureza, os homens devem ter concebido que ela estivesse sujeita às influências do bem e do mal, o que os levava necessariamente a reconhecer a existência de dois Princípios opostos. Aliás, nada mais sábio do que esta observação e nada mais justo do que a consequência que eles colheram disso. Por que não foram eles igualmente felizes quando tentaram explicar a natureza desses dois Princípios? Por que deram à sua ciência uma base estreita demais, que os obriga a destruírem eles mesmos, a todo instante, os sistemas que nela querem apoiar?»
Louis Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
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