«Não desejes nada. Não te amofines com o Karma, nem com as imutáveis leis da Natureza. Mas luta só contra o que é pessoal,efémero e perecível.»
H. P. Blavatsky
in "Voz do Silêncio"
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
«Vim a ti, Amon-Ra. Eu sou Thot, que se aproxima da época dupla para procurar o Olho Sagrado para o seu Mestre. Vim, encontrei o Olho Sagrado, e contei ao seu Mestre Hórus.
Vem a mim, Amon-Ra, para que me guies sobre este caminho onde cruzas, que eu aí penetre em forma de Olho-Ba (...)
Vi o deus! Vim a ele (...). Entro na estátua de Maat para que Amon-Ra, Senhor de Karnak [Tebas], se una à sua bela Maat neste dia.»
Capítulo de entrada para o templo do ritual de Mut a Abydos
terça-feira, 25 de outubro de 2011
«Ignoras tu, oh Aclépio, que o Egipto é a imagem do céu e que é a projecção aqui em baixo de toda a ordem das coisas celestes?
Contudo, tens de saber:
Virá o tempo em que haverá a sensação de que os Egípcios observaram em vão o culto dos deuses com tanta piedade e que todas as invocações foram estéreis e rejeitadas.
A divindade deixará a terra e subirá ao céu, abandonando o Egipto, a sua antiga morada; então esta terra santificada por tantas capelas e templos será coberta de tumbas e de mortos.
Oh Egipto, Egipto!
Da tua religiao apenas permanecerão escritos vagos que a posteridade deixará de crer e palavras gravadas na pedra a contar a tua piedade.»
Hermes Trismegisto
Templo de Seti I em Abydos
«[Sechat]: Fundei-o com Sokaris, estendi o cordão para o posicionamento dos seus muros enquanto que a minha boca recitava as grandes encantações. Thot estava lá com os seus livros... para estabelecer o limite dos seus muros; Path-Tatenen media o solo e Tum estava lá... a maça na minha mão era de ouro, eu batia com ela na estaca e tu estavas comigo sob a forma de Hounon; os teus dois braços seguravam a corda: assim foram estabelecidos os quatro ângulos tão solidamente como os quatro pilares do céu. Foi Neith que pronunciou os encantamentos e as fórmulas protectoras do templo...»
Templo de Seti I em Abydos
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
«Os Egípcios representavam a Natureza do Todo Universal como o mais belo triângulo... Este triângulo comporta a parte vertical de três comprimentos, a parte da base de quatro comprimentos e uma hipotenusa de cinco cumprimentos... Poderíamos comparar a linha vertical ao elemento masculino, a linha de base, princípio horizontal, ao feminino e a hipotenusa, aquilo que nasceu dos dois e representa a origem. Assim, Osíris e Ísis, princípios de concepção, dão nascimento a Hórus, que, ele mesmo, simboliza a origem ou horizonte.»
Plutarco
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
«Então chega este deus
cheio de prestígio,
Amon, Mestre dos Tronos dos
dois Países;
Depois de ter tomado a
forma do Soberano,
encontrou a rainha adormecida,
no seu Palácio magnífico,
O perfume do deus despertou-a
e ela sorriu a Sua Majestade;
Sem demora, aproximou-se dela
e deu-lhe o seu coração.
Ela pôde vê-lo, na sua estatura
divina,
Quando veio a ela.
E ela ficou feliz por contemplar o seu resplendor.
O amor apoderou-se do seu corpo,
Enquanto o Palácio era
inundado por odores do deus
Perfumes vindos do país do Punt.»
Inscrição encontrada no templo de Luxor (Tebas)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
«A imortalidade dos Egípcios era um morrer e viver perpétuo que a alma atravessava guardando a sua própria identidade, A alma não sofria estas vicissitudes unicamente depois da vida humana. Antes de nascer neste mundo tinha nascido e morrido em muitos outros mundos. A vida terrestre não é mais do que um devir, Kepher, no conjunto dos devires, Kepher que tinham precedido e que seguiriam. A alma tinha uma duração infinita antes do seu nascimento [na Terra] e terá uma duração infinita depois da sua morte. Se tivesse quer resumir a sua condição de ser numa só palavra não diria que é imortal, mas antes eterna.»
Gaston Maspero
«Primeiro, Deus fez descer as almas para que logo voltem a Ele. Não há diferença entre o retorno e a descida das almas, mas da mesma maneira que a génese de tudo o que vemos depende da essência intelectual, assim, na ordem das almas, a sua libertação da geração está em harmonia com a sua inclinação até ela.»
Jâmblico
in Mistérios do Egipto
Jâmblico
in Mistérios do Egipto
«Os Egípcios foram os primeiros que expuseram a doutrina da imortalidade da alma e o facto de que, depois da morte do corpo material, esta encarna num novo corpo que está por nascer; pretendem que quando a alma já conseguiu percorrer o ciclo dos animais do mar, da terra e do ar, logra entrar por fim num corpo humano, nascido ou preparado para ela...»
Heródoto
(485?-420 a.C.)
Heródoto
(485?-420 a.C.)
«Oh, Deuses de Heliópolis [...] concedei-me que a minha Alma venha a mim de qualquer lugar onde esteja. [...] A minha Alma e a minha inteligência foram-me arrancadas. Fazei com que a minha Alma veja o meu corpo, se a encontrarem... Que se una à sua múmia [que reencarne].»
Livros dos Mortos
cap. LXXXIX
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
«São simples e sem amaneiramentos. Não frequentam os seus parentes nem amigos e não vivem com nenhuma pessoa estranha à religião. Caminham com decência, o olhar calmo, só muito raramente riem e sorriem discretamente... São graves, desprovidos de ambição e procuram acima de tudo a justiça. Suas vidas estão consagradas ao estudo das coisas divinas e passam as suas noites na observação dos astros. Ocupam.se de teoremas aritméticos e geométricos, trabalham sempre as questões científicas, descobrindo novos factos e ocupam-se em geral do estudo da natureza.»
Porfírio
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
«No cenário dos ritos iniciáticos a "morte" corresponde ao retorno provisório ao "Caos"; é a expressão exemplar do fim de um modo de ser: a ignorância e a irresponsabilidade infantil. A morte iniciática torna possível a tábua rasa sobre a qual virão inscrever-se as revelações sucessivas destinadas a formar um homem novo (...). As imagens e símbolos da morte ritual são solidários com a germinação, com a embriologia: indicam já que uma nova etapa da vida está a ser preparada.»
Mircea Eliade
Mircea Eliade
O importante é que elas [iniciações] proclamam a intenção e reivindicam o poder de transmutar a existência humana. A nostalgia de uma renovação iniciática que surge esporadicamente das profundidades do homem moderno arreligioso, parece-nos altamente significativa: seria, em resumo, a expressão moderna da eterna nostalgia do homem em dar sentido positivo à morte, em aceitar a morte como um rito de passagem a um modo superior de ser. Com efeito, só a iniciação confere à morte uma função positiva: a de nos preparar para uma "nova luz", puramente espiritual, para o acesso a um modo de ser subtraído à acção devastadora do Tempo.»
Mircea Eliade
Mircea Eliade
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