quarta-feira, 27 de abril de 2011

Breve Reflexão sobre a Fé - "Thamos de Tebas"



Fé é uma palavra que envolve o quotidiano de cada um de nós. Sem nos apercebermos citamos diversas vezes a palavra Fé, em expressões banais como: “não tenho fé em algo” ou “tens de ter fé”, etc. Esta palavra simboliza, num sentido laico, Confiança. Mas esta é, sem dúvida, uma palavra difícil de definir. Porque sem confiança não há Fé, se não confiarmos em algo não há Fé, se não acreditarmos não temos Fé. Ora aqui está uma “nova” palavra: Acreditar. Acreditar é sinónimo de Crer em Algo, seja esse algo visível, invisível, palpável ou intangível.

O Homem, desde que se recorda, correu em busca do Saber, do Conhecimento. Essa eterna busca levou-o a crer em algo que o movesse, que lhe desse confiança e o fizesse acreditar no seu Caminho, de onde vem, onde está e para onde vai. Sob o olhar da noite escura, observando o infinito céu, o homem concebeu a imagem sobrenatural do Alto, dedicando-se à adoração de um Ser Criador de toda a Humanidade. O homem entregou-se a algo que ultrapassou o tangível pelos seus cinco sentidos, algo que o movia (e move) a acreditar, com confiança, numa Verdade absoluta. Assim nasceu a Fé.

Para mim, Fé é Amor, pois este engloba o Mundo, o Universo e o seu Criador.

A Fé serviu de criação a outras tantas palavras. Do latim Fides temos a herança nas palavras Fiel e Fidelidade. Ora, o homem que é Fiel a sua verdade, tem Fé e essa Fé permite Fidelidade à sua Doutrina/Verdade.

O Homem deve conceber o seu Caminho rumo à Verdade, e só através da Fé o atingirá.

No meu percurso cruzei-me com o ideário medieval; a minha Fé junta-se aos Princípios sob os quais a Cavalaria foi erguida: Fides, Spes et Caritas. Fé, Esperança, Caridade, Justiça, Prudência, Fortaleza e Temperança. A minha concepção de Fé baseia-se na Verdade, no Amor ao próximo e à Justiça. Entrego-me nas mãos do Alto e pelo seu desígnio procuro seguir a minha Via.


Thamos de Tebas

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